Zaroni aponta 3 atributos para superar desafios no Jiu-Jitsu

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Nos tatames da Rilion Gracie Rio Bonito. Foto: Reprodução

Nosso GMI à frente da Rilion Gracie Rio Bonito, João Zaroni entende os desafios que se apresentam no caminho para o sucesso no Jiu-Jitsu. A partir de sua trajetória, o faixa-preta separou três atributos que vão te ajudar a superar qualquer dificuldade na sua carreira: resiliência, disciplina e felicidade.

Em papo com GRACIEMAG, João explica o papel desempenhado por cada característica, além de falar sobre seu início na arte suave e ensinar como o respeito é fundamental para a formação de grandes campeões no esporte. Confira nas linhas abaixo!

* Entre para o time GMI! *

GRACIEMAG: Como foi o seu início no esporte? Como você conheceu o Jiu-Jitsu?

JOÃO ZARONI: Conheci o Jiu-Jitsu em meados de 2006. Na rua da minha igreja, havia uma garagem em que um professor dava aulas, e como eu já gostava de assistir vale-tudo, acabei indo conhecer e comecei a treinar lá. O problema desse lugar é que o pessoal de lá usava drogas entre os treinos e meus pais, ao ficarem sabendo disso, me proibiram de treinar. Como eu já gostava bastante do Jiu-Jitsu, continuei treinando escondido e deixando o kimono naquela garagem até chegar à faixa-azul, quando meu professor foi dar aula em uma academia melhor e eu pude treinar sem me esconder.

Zaroni em ação. Foto: Reprodução

Assim que começou a prática, já teve interesse em competir?

Sempre achei as competições muito legais mas, infelizmente, o meu primeiro professor não competia, então raramente íamos aos eventos. Cheguei a ir sozinho, na faixa-azul, para poder competir. Passei a competir com frequência somente na faixa-marrom, quando ingressei em uma equipe mais organizada e que valorizava a participação nos torneios.

Em que ano você pegou a faixa-preta e das mãos de quem? Qual a melhor memória deste dia?

Peguei a tão sonhada faixa-preta em maio de 2019, do professor Diogo Lopes. Tive uma retrospectiva de tudo que eu passei até aquele ponto, todos os sacrifícios e todas as escolhas difíceis. Naquele momento eu soube que, apesar de não ter sido fácil, escolhi o caminho certo ao trocar de academia e seguir a minha visão sobre o Jiu-Jitsu. Ver todas as suas expectativas sendo realizadas é algo que não tem preço.

Como separar a cabeça de atleta/competidor para se tornar um grande professor?

O egoísmo é algo que acompanha a vida do atleta. Ele precisa pensar no que é melhor para ele em primeiro lugar, porque ele que estará no tatame competitivo disputando pelo futuro dele. Já o professor precisa ser o inverso, é necessário ter altruísmo e afinidade para lidar com outras pessoas, porque é um ofício que não depende apenas de você. A única semelhança entre ambos é o amor pelo que se faz, que é o diferencial para ser bem-sucedido em qualquer profissão.

Junto aos alunos. Foto: Reprodução

Qual o melhor ensinamento da sua época de atleta que você sempre passa aos seus alunos?

Aprendi muita coisa na minha trajetória pelo Jiu-Jitsu, mas se tivesse que limitar tudo isso, diria três palavras: resiliência, disciplina e felicidade. Resiliência para não se deixar abater quando sofrer uma derrota ou quando passar por um momento difícil. Disciplina para aprender e executar os ensinamentos com excelência. Felicidade por estar fazendo algo que gosta e para sempre buscar a evolução.

Quais são as metas do professor para forjar uma equipe ainda mais forte e se destacar como referência no ensino do Jiu-Jitsu e formação de campeões?

Tudo se resume a uma palavra: Respeito. É preciso respeitar as etapas do desenvolvimento e aprendizado de cada um, com divisões de turma por idade e metodologias específicas. Esse respeito também deve ser mostrado ao aluno, que tem seus próprios objetivos, às mulheres, que cada vez mais assumem seus lugares no tatame, e ao verdadeiro espírito do Jiu-Jitsu, que acima de tudo, busca saúde física, mental e espiritual. A partir deste respeito, formar campeões se torna uma consequência.

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