Se chegar à faixa-preta é o sonho principal de dez em cada dez leitores do GRACIEMAG, o carioca Marcio André não teve muito tempo para saborear o sonho confortavelmente. O atleta da Nova União radicado nos Emirados Árabes precisou acordar para encarar seu primeiro desafio entre os mais graduados, no Europeu de Jiu-Jitsu 2015.
Marcinho começou muito bem e fez bonito, ao vencer atletas mais experientes como Gabriel Marangoni e Gianni Grippo, seu oponente na final do peso-pena. GRACIEMAG acordou hoje o atleta para saber o que passou na mente do campeão, após seu primeiro título importante de kimono. Ele havia disputado com sucesso o Brasileiro Sem Kimono, em outubro, já como faixa-preta.
GRACIEMAG: Como estava sua cabeça antes de lutar seu primeiro Europeu como faixa-preta?
MARCIO ANDRÉ: Eu estava me sentindo muito preparado, e minha cabeça estava muito boa para vencer este Europeu, mesmo sendo a minha estreia como faixa-preta em Lisboa. Eu estava muito bem para lutar e dar o meu melhor, e apesar de uma ansiedade grande eu estava com muita vontade de ganhar.
Como foi a final com o Gianni Grippo, na sua visão? Foi tranquilo encarar a guarda lapela dele?
Normalmente eu consigo me dar muito bem contra essa guarda, pois estou sempre estudando. Mas realmente ele lutou muito bem e aplicou a lapela de modo perigoso. Além do mais, eu não estava conseguindo me soltar, acho que ele me travou bem na luta. Houve duas oportunidades em que eu acho que poderia ter conseguindo passar, quando ele me deu uma pequena brecha e eu cheguei na lateral dele, mas não passou disso, ele fechou os espaços muito bem. Minha avaliação, portanto, é que foi uma luta muito boa, o Gianni provou ser um adversário muito duro.
O que você aprendeu com este título?
Aprendi que tenho de me dedicar ainda mais, porque na faixa preta é muito diferente. A gente sobe achando que vai ser sempre a mesma coisa, que Jiu-Jitsu é sempre igual, mas muda bastante. Aprendi que tenho de ser mais profissional para chegar melhor para os próximos eventos.