Aos 82 anos, o faixa-vermelha Flavio Behring segue sendo uma inspiração e tanto para nossa equipe, assim como para toda a comunidade do Jiu-Jitsu.
Paizão dos cascas Marcelo e Sylvio Behring, mestre Flavio certa vez resumiu, na edição #250 de GRACIEMAG, a essência do Jiu-Jitsu, uma das principais lições que aprendeu em tantas décadas de estrada, e de combates.
“Por vezes chegamos a um ponto da vida que começamos a achar que aprender é secundário”, comentou Behring, ao completar 70 anos de Jiu-Jitsu e 80 de vida, em novembro de 2017. “Não, aprender faz parte da nossa essência, e é sempre uma prioridade. Só paramos de aprender com a morte. Costumo guardar minha faixa-branca por perto, para ficar sempre alerta a tudo isso. No fim das contas, como ensinava Helio Gracie, não é a cor da faixa que importa, e sim o lastro e o conteúdo que carregamos conosco – o conteúdo técnico, intelectual e espiritual.”
Behring, por sinal, costuma estudar, treinar e rever técnicas todos os dias: “O aprendizado não termina na faixa-vermelha, ou em faixa alguma. Sei que no fundo ninguém sabe nada. Como meu corpo muda com o tempo, eu volto às posições mais básicas, para conferir se ainda consigo executá-las daquela mesma maneira, ou se preciso me readaptar.”
Para o célebre aluno de Helio Gracie e João Alberto Barreto, o objetivo principal de todos nós deveria ser apenas o de evoluir, acumulando conhecimento para, com sabedoria, ser capaz de transmiti-lo às novas gerações. E assim, o Jiu-Jitsu segue sendo eterno.
“Sempre digo, se você quiser rolar, basta chamar um parceiro e rolar; se quiser treinar, arrume um treinador; se quiser aprender, procure um professor. Agora, se quiser entender o Jiu-Jitsu, você deve procurar um mestre. Forte abraço a todos.”