A disputa do Europeu de Jiu-Jitsu esquentou o mês de janeiro, em Lisboa, Portugal. Na divisão dos leves, Michael Langhi (Alliance) conquistou o título ao fechar com o amigo de equipe Francisco Sinistro. Em conversa com GRACIEMAG, Langhi falou da conquista, de como vê o fechamento em campeonatos e, de quebra, analisou a divisão com a saída do atual bicampeão, Leandro Lo, que vai lutar entre os médios. Confira!
GRACIEMAG: Qual é o saldo de mais esse Europeu de Jiu-Jitsu, Langhi?
MICHAEL LANGHI: Acho que tento evoluir a cada dia como pessoa e como lutador, sinto que estou experiente a cada campeonato e tento melhorar o que tenho de pior, sempre tentando me aproximar o máximo que puder da perfeição.
Por que fechar o peso e não lutar com um companheiro? Qual é sua visão do assunto?
Sempre sou tranquilo em relação ao fechamento de chave, eu sou a favor. Não luto com companheiro de equipe, essa é a minha decisão. Se alguém quiser lutar comigo, então não seremos companheiros; seremos adversários, e aí aceito a decisão na boa. Porém, acho que não faz sentido lutar se somos do mesmo time e treinamos juntos. A decisão partiu do próprio Sinistro, que fez a gentileza de me ceder o título, mas é claro que ele é o campeão junto comigo. O importante foi o ponto somado para a Alliance.
Antes de fechar a categoria, você finalizou o Sandro Vieira (Checkmat) na semifinal. O que aprendeu com esta batalha?
O Sandrinho é um atleta duro e fez uma luta muito boa. Pude finalizar no estrangulamento pelas costas, mas com certeza ele vendeu caro a derrota e está de parabéns. Estou tentando jogar na situação que me oferecem, claro que em algumas lutas temos de ter uma estratégia, e nessas eu opto por puxar. Mas não estou querendo só ficar por baixo, onde cair estou me sentindo bem. A maioria das pessoas quer me puxar por conta de eu confiar em minha guarda, mas sinto que estou ficando cada vez mais afiado por cima também.
Com a subida do Leandro Lo para os médios, você como atual vice-campeão é o grande favorito ao ouro no Mundial 2014?
Não me acho o favorito, mas tenho boas chances e vou me esforçar muito para recuperar meu título. Há muitos caras bons no peso leve, mas este ano vou com tudo. O Lo era com certeza o cara a ser batido e o atual número 1 dos leves, tem realmente um Jiu-Jitsu muito eficiente. Agora que ele subiu, vai dificultar menos nosso trabalho no leve, mas, como eu disse, é difícil saber como vai ficar, pois esta categoria sempre é muito embolada e tudo pode acontecer… Depende muito do dia também, e de quem vai estar na melhor fase no meio do ano.
Você e o seu parceiro Lucas Lepri sempre chegam. Poderia apontar os maiores obstáculos no peso agora? JT talvez?
O JT sempre é luta dura, é um excelente atleta. Mas há mais pessoas para eu me preocupar, como por exemplo o Roberto Satoshi, Rodrigo Caporal, Claudio Caloquinha e muitos outros. Ou seja, tenho de estar na ponta dos cascos (risos). Acho que tem várias pessoas para complicar, tem muitos nomes fortes na categoria, então temos de tomar cuidado. Mas sempre é bom saber que tenho o Lucão Lepri do outro lado para fazer minha vida menos difícil. Há muito mais pessoas chegando, como o Francisco Sinistro, Juan Caio, Gabriel Goulart entre outros. A Alliance vem muito bem no peso leve.