Recurso de diversas artes marciais, as cotoveladas são armas potentes que podem castigar o oponente e encerrar um embate. Ex-campeão dos meios-pesados do UFC, Jon Jones tem a cotovelada como um de seus golpes favoritos, por exemplo. Porém, a comunidade das lutas sempre teve opinião dividida sobre a validade do golpe no MMA.
Em entrevista coletiva concedida nesse fim de semana para divulgar o UFC SP em novembro, Vitor Belfort defendeu uma mudança nas regras para o esporte evoluir como um todo e, quem sabe, se tornar olímpico um dia.
“Eu vejo o MMA com todo potencial para se tornar um esporte olímpico. Imagina se tivesse um MMA com regras olímpicas. Que esporte ganharia do MMA em termos de público? Seriam poucos. Precisaria ter regras olímpicas e com elas não imagino um atleta tomando cotoveladas e sangrando para caramba na lona”, comentou Vitor, em entrevista publicada pelo jornal “Folha de São Paulo”, no domingo.
“Acho que poderíamos tirar os golpes com o cotovelo. Nenhuma empresa quer se associar com sangue. Em nenhum esporte do mundo, a não ser no UFC, um cara luta sangrando e a luta não para. O boxe limpa o sangue. E eu penso assim porque luto, coloco minha cara a tapa. Temos de pensar no que venderia mais patrocínio, no que seria mais seguro para o atleta”, disse o peso médio, que vai conceder a revanche a Dan Henderson no próximo dia 7 de novembro, na luta principal no Ibirapuera.
Apesar da sugestão, Vitor encerrou defendendo o esporte:
“Existe ainda o preconceito e estamos quebrando a cada dia. Todo esporte é agressivo de certa forma, até o balé é agressivo com o corpo. Acontece que o MMA é um esporte magnífico, que tem sua violência mas tem a sua beleza”, lembrou.