Moacir Mendes comenta triunfo no Sul-Brasileiro

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Comandante da Gracie Barra em Porto Alegre, Mário Reis é só alegria. A equipe cresce e alguns dos pupilos já fazem bonito na faixa-preta. Entre eles, Moacir Mendes vem se destacando. Na edição 2010 do Sul-Brasileiro de Jiu-Jitsu, que aconteceu em Santa Catarina, o peso leve venceu na categoria de peso e no absoluto. Moacir bateu um papo com o GRACIEMAG.com. Confira:

Moacir levanta para passar a guarda. Foto: Carlos Ozório

O que achou desse grande resultado no Sul-Brasileiro?

No peso fiz uma luta e finalizei em menos de dois minutos. Meu companheiro, o Rodolfo Campani, fez duas lutas e fechou comigo a final do leve. Então achei justo dar a vitória para ele, já que fez mais combates que eu. No absoluto ele acabou perdendo, infelizmente. Fiz três lutas e derrotei lutadores mais pesados. Finalizei a primeira e as outras foram por pontos. Fiquei contente, porque foi o meu primeiro absoluto na faixa-preta. Consegui botar o meu ritmo e acho que lutei bem.

Como estão os treinos na Gracie Barra em Porto Alegre?

Estava falando isso com o Mário Reis. Não temos tantos faixas-pretas, mas já contamos com um treino muito bom, com vários faixas-marrons e roxas duros. Eles dão um treino muito bom e é um grupo muito legal. Fora isso, os rolas com o Mario vão de segunda a sábado. Treino Jiu-Jitsu todos os dias com o Mário e judô na Sogipa. Sou atleta de judô lá também.

Nas competições, é possível usar com facilidade o judô no Jiu-Jitsu e o Jiu-Jitsu no judô?

Demorei para achar esse ponto. Muita gente pensa que, pelo fato de as duas lutas serem de kimono, não muda muita coisa. Depois de bastante tempo consegui adaptar o meu Jiu-Jitsu para o judô e vice-versa. Geralmente o pessoal do Jiu-Jitsu não quer trocar em pé comigo. Mas estou conseguindo levá-los para o meu jogo no decorrer da luta. No Sul Brasileiro consegui dar uma queda, mas é bem difícil. Já no judô, os caras não querem cair no chão comigo nem a pau.

Foi difícil se adaptar na faixa-preta?

Estou conseguindo agora me encontrar na faixa-preta. Da marrom para a preta é um abismo. No ano passado, depois da semifinal que fiz com o Bruno Frazatto no Sul-Americano, passei a me acostumar. Lutei bem este ano na seletiva para o World Pro. Venho treinando duro e os resultados vão começar a aparecer. Este Sul Brasileiro foi o primeiro passo para aparecer entre os cascas-grossas!

Vai lutar no Brasileiro e no Mundial?

Pretendo muito lutar o Brasileiro, no Rio, e o Mundial na Califórnia. O que às vezes atrapalha é que também sou atleta de judô, patrocinado pela Sogipa. Então, algumas vezes o calendário não bate. Mas meu objetivo é lutar todos os campeonatos da IBJJF.

Moacir contra Bruno Frazatto em foto de Hugo Valente

A categoria leve é uma das mais difíceis. Será duro bater tantas pedreiras?

Já lutei com grande maioria delas. Enfrentei o Gilbert Durinho na marrom e o Bruno Frazatto na preta. Falta lutar com o Michael Langhi e o Celsinho Venícius, mas já enfrentei muitos desses cascas-grossas. É uma das categorias mais difíceis e as lutas são definidas no detalhe. Estamos todos próximos e o que estiver mais preparado e não errar vai ser o vencedor. Todos estão muito próximos na categoria leve.

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