Maior campeão dos mundiais de forma incontestável, Marcus Buchecha alcançou mais uma marco na sua carreira, aos 28 anos. Depois de igualar a marca de Roger Gracie no ano passado, Buchecha voltou ao Mundial de Jiu-Jitsu em Long Beach, encerrado no último dia 3 de junho, e chegou aos seu 11° título, passando Roger e se tornando o maior campeão em número de títulos.
Para tal, Buchecha enfrentou os maiores e mais pesados atletas da elite do Jiu-Jitsu no pesadíssimo. A final, contra João Gabriel Rocha (Soul Fighters) foi acirrada, mas o astro da Checkmat mais uma vez saiu com a vitória.
“Tive uma chave muito difícil neste Mundial mas consegui chegar bem”, analisa Buchecha. “Queria muito ter encontrado o meu companheiro de treinos Luiz Panza na final, mas o João Gabriel conseguiu vencer a semifinal dele. Já luto contra o João há tempo, e em toda luta ele vem melhor. Sabia que desta vez não seria diferente. Na luta, apesar de ter sido muito duro, acho que tive mais iniciativa e tentativas. Acabou que o duelo foi para a decisão e eu venci.”
Com a vitória no pesadíssimo, Buchecha somou seu 11° título e poderia conquistar a 12ª medalha de ouro com o título no absoluto, mas a história foi diferente. Leandro Lo, na final do peso pesado, acabou lesionando o ombro em duelo contra Mahamed Aly. Sem condições de continuar a final do peso e consequentemente a final do absoluto, em vaga que havia conquistado um dia antes ao bater Victor Honório, Buchecha seria declarado campeão, mas um lance histórico mudou o rumo do aberto.
Antes de entrar no tatame para receber a vitória, Buchecha avisou a Rodrigo Totti, árbitro da luta, que Leandro deveria ser declarado vencedor. O campeão explicou de onde partiu a decisão de passar o título para Lo.
“Tive o mesmo sentimento como se tivesse fechado com um companheiro de equipe”, relembra Buchecha. “Em 2016, muita gente nem sabe disso, mas era meu primeiro campeonato depois que eu operei o joelho e ao chegar contra ele na semifinal ele abriu mão da disputa e me deixou ir direto para a final, contra o Erberth Santos. Aquilo me marcou bastante, e este ano eu tive a chance de retribuir. Nada mais justo do que fazer o que eu fiz.”
E para você, amigo leitor, onde mais pode chegar Marcus Buchecha em sua corrida como o maior campeão dos mundiais? Comente conosco!