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Maior campeão absoluto da história dos Mundiais da IBJJF, Marcus Buchecha está com a corda toda. Depois de morder seu quarto título mundial peso e absoluto, a fera da Checkmat foi convidada a participar do Pro League GP da IBJJF, e mais uma vez cumpriu a meta de ser campeão. O prêmio de 40 mil dólares pela primeira colocação no GP é um dos mais altos no mundo do Jiu-Jitsu. Léo Nogueira, que ficou em segundo lugar, recebeu 10 mil dólares.
“A IBJJF está de parabéns por nivelar o valor seu grande prêmio com o do absoluto do ADCC”, disse Buchecha. “O formato e o critério para selecionar os atletas participantes também foram bons. Este GP estava com uma chave digna de absoluto de Mundial. É muito bacana participar de um evento junto de feras do calibre de Xande Ribeiro, Felipe Preguiça, João Gabriel Rocha, Leonardo Nogueira, Mahamed Aly, Alex Ceconi e Bruno Bastos. Fico feliz de ter sido o primeiro escalado para o evento. Eu sempre briguei por este formato de premiação. Reclamei por muito tempo. Então quando eles me chamaram eu topei de primeira, mesmo se eu não estivesse 100% eu participaria”.
Sobre sua campanha no GP, Buchecha destrinchou as três lutas que o levaram ao título, e analisou o que fez de correto e os detalhes que quase o tiraram do páreo, mas que foram superados no tatame.
“Minha primeira luta foi contra o Bruno Bastos, que é um atleta veterano e muito experiente. Já lutei com ele algumas vezes. Consegui aplicar um seoi e cair por cima, evitei o jogo de guarda dele, cheguei nas costas e finalizei. Nessa luta deu para sentir o meu ritmo e ver que eu estava bem na competição”.
“A segunda foi contra o João Gabriel. Ele está melhorando a cada luta. Cometi um erro bobo e ele conseguiu chegar nas minhas costas. Eu treino muito defesa de posição, apanho muito na academia, então estava preparado para a adversidade. Não me preocupei, defendi e caí por cima, para poder passar e montar. Tentei finalizar, mas ele escapou. Como já estava 7 a 0 e ainda tinha mais uma luta, eu preferi não arriscar para não me machucar. Fiz guarda e levei a vitória. Mas ele lutou muito, melhor que no Mundial até”.
“Na final eu encarei o Léo Nogueira. Nossas lutas são, na maioria das vezes, do mesmo jeito. O jogo é truncado, ele é muito forte, mas eu dei uma blitz no início pra garantir duas vantagens. Depois tentei passar a guarda, mas ele tinha uma raspagem engatilhada que queria usar no último minuto, mas quando ele tentou inverter foi que eu consegui escapar. Ele chamou de novo na guarda, mas faltavam 20 segundos e eu consegui me sagrar campeão. Infelizmente foi uma luta amarrada, mas não é sempre que a gente consegue fazer uma luta boa”, concluiu Buchecha.