Por Martin Rooney
Tenho certeza que você já viu a seguinte situação acontecer. Um parceiro de treinos sofre uma lesão e simplesmente some da academia. Um mês depois ele retorna e conta que, mesmo com muitos antinflamatórios e gelo, não teve uma boa recuperação. De volta aos tatames, você percebe que o parceiro perdeu muita massa muscular, que a técnica dele está fraca e que ele ainda reclama de dor na lesão. Bem, a recuperação não precisa ser sempre um processo tão lento e incerto. O propósito deste artigo é oferecer a você uma nova solução para um problema tão antigo.
A estratégia mais comum de tratamento a lesões se resume em quatro palavras: Descanso, Gelo, Compressão e Elevação. Embora esse método seja efetivo, gostaria de sugerir uma atitude: a nutrição apropriada. Os atletas já sabem a importância de uma alimentação balanceada para melhorar o desempenho esportivo, mas eu não acho que tenha estrategias de alimentação para os momentos de recuperação. Digo, a nutrição como elemento de cura.
Alimentos são o medicamento mais poderoso. Eles contêm substâncias que nos ajudam contra inflamações, reforçam a imunidade do organismo, auxiliam o reparo de tecidos e a síntese de proteínas. Após assistir ao guru da nutrição, meu amigo Dr. John Berardi, percebi alguns conceitos que precisam ser compartilhados.
Confira a seguir, a estratégia de nutrição para a recuperação do atleta:
1. Aumente a quantidade de calorias
Quando lesionado, seu corpo precisa de mais energia para a recuperação. Quem para de treinar por lesão geralmente come menos por achar que o corpo vai gastar menos energia. O meu conselho é que você aumente sua ingestão calórica de 300 a 500 calorias por dia quanto lesionado.
2. Mais proteínas
A proteína é um nutriente crucial para a recuperação e o reparo dos tecidos do corpo. Muitos atletas consomem muitos carboidratos em vez da quantidade exata de proteína, mesmo quando não lesionados. Uma boa regra quando lesionado é comer uma grama de proteína para cada quilo do corpo. Inclua na dieta alimentos como carnes magras, ovos, peixes ou um suplemento de proteína em cada uma das refeições do dia.
3. Cuide da gordura
Embora muitos de nós tenhamos aprendido a evitar as gorduras, esse nutriente também é importantíssimo na recuperação. Em particular, as gorduras saudáveis – como óleo de oliva, óleo de peixe, óleos de sementes, castanhas e similares – têm um poder antinflamatório positivo para o corpo. Quando lesionado, aumente o consumo dessas gorduras e continue sempre alerta em relação às gorduras saturadas, já que essas aumentam as inflamações.
4. Tome suas vitaminas
Vitaminas A, C, e D são muito importantes para a cura, mas comumente ausentes nas dietas. Dois gramas de vitaminas C, 2.000 IU de vitamina D e 5.000 IU de vitamina A por dia, quando lesionado, podem ajudar na cura. Porém, como vitaminas D e A em excesso pode levar à intoxicação, consulte seu médico antes de definir dosagens de longo prazo.
5. Não esqueça dos minerais
O zinco e o magnésio ajudam no processo de cura. Quando você se lesionar, inclua o zinco nas suas refeições diárias numa dosagem de 15 a 30mg. O cálcio e o ferro também são importantes para a saúde e o desenvolvimento dos ossos, por isso não descuide das necessidades diárias dos dois.
6. Não deixe faltar!
Uva-do-monte, chá verde, alho e abacaxi têm propriedades de cura. Embora adicionar tais alimentos à sua dieta seja uma boa ideia, os extratos dos mesmos são ainda mais concentrados e deve ter preferência.
7. Conheça seus aminoácidos
A glutamina e a arginina são dois aminoácidos essenciais para a recuperação de lesões. A dupla auxilia tanto na recuperação de tecidos quanto no metabolismo. Tome uma dose diária de dez gramas de cada.