O que você aprendeu com a recente conquista do Phoenix Open da IBJJF e como isso pode ajudar na sua atuação no Mundial Sem Kimono 2023?
ANDRE FREIRE: O Phoenix Open tem um nível competitivo bem alto, minha vitória no evento eleva a confiança para competições maiores, principalmente para o Mundial, competição em que já subi ao pódio no passado, só que agora quero o lugar mais alto.
Quais são as dicas que você pode dar aos leitores da GRACIEMAG que também almejam migrar para fora do Brasil e ter sucesso na carreira como faixas-pretas de Jiu-Jitsu?
Se você deseja ter uma carreira internacional é extremamente importante ter fluência no inglês, competir e viajar bastante para que você tenha um bom networking. Também é vital estar preparado mentalmente para as adversidades do caminho, como mudanças bruscas de alimentação, de fuso horário, de clima e de cultura principalmente.
Qual foi o principal desafio em sua carreira no Jiu-Jitsu?
Olha, o maior desafio é conciliar multi tarefas, como estudar, trabalhar, treinar para competição… Muitas pessoas não conseguem fazer muitas coisas ao mesmo tempo e ainda treinar para competir. A vida de um atleta requer descanso e esse é um luxo que eu particularmente nunca tive e torna tudo bem complicado.
Você gosta mais de competir ou de dar aulas? Por quê?
Amo fazer os dois, comecei a competir na faixa-branca e ensinar na faixa-roxa, então tive as duas atividades sempre associadas, acredito que estar ativamente competindo me mantém atualizado sobre tudo que acontece no mundo do Jiu-Jitsu, meu jogo e meu corpo estão sempre fortes, e consigo entregar credibilidade e inspiração para aqueles que ensino, não vejo uma coisa sem a outra.
Quem é o seu grande ídolo na carreira, aquela pessoa que serve como diretriz nas suas grandes decisões?
Ayrton Senna é um grande ídolo, aquela referência de perseguir a excelência no que faz, não desistir diante da adversidade, principalmente por não ser do meu esporte, conseguir motivar aqueles que nunca nem viram um carro de corrida de perto.
Quais são as suas metas para o futuro aí nos EUA?
Tenho alguns títulos importantes que desejo conquistar como World Masters, e também poder ensinar o Jiu-Jitsu como estilo de vida e os benefícios desta arte para o maior número de pessoas que eu puder.
Qual é a filosofia por trás da sua escola?
Promover os diferentes aspectos do Jiu-Jitsu Brasileiro, como arte marcial, esporte e defesa pessoal. Meu desejo é atingir positivamente os diferentes objetivos das pessoas, respeitando as adversidades e as limitações de cada um.