Afinal, qual o melhor momento para ensinar aos alunos os ataques e defesas das chaves de perna?
Nos anos 80 e meados dos anos 90, um ataque de perna numa competição de Jiu-Jitsu era recebido por vaias. Os golpes eram discriminados, vistos como grosseria e até falta de técnica de quem o aplicava. “Sapateiro, sapateiro”, era o coro que se ouvia nas arquibancadas dos ginásios.
O tempo passou, o Jiu-Jitsu evoluiu e os ataques da cintura para baixo se tornaram ótimas opções de finalização. No entanto, são posições que podem machucar mais facilmente os companheiros de treino, principalmente os menos experientes. Por conta disso, algumas chaves de pé e joelho, por exemplo, são permitidas nas competições apenas a partir da faixa-marrom.
Nas academias, fica a critério do professor. Cabe a ele avaliar o momento certo de mostrar as técnicas para que o aluno aprenda a aplicá-las e a se defender delas na medida que evolui entre as graduações.
“A botinha pode ser ensinada desde a faixa-azul para o pessoal entender o conceito da posição, para não pensar que é só abraçar a perna e se jogar para trás. Tem que entender a pressão, o ajuste. A partir da roxa, pode incrementar com mais variações. Se começar a ensinar estas posições desde muito cedo, há o risco de o jovem se viciar nessas posições e ficar dependendo disso, com um jogo limitado”, é a opinião de um dos especialistas no assunto, o campeão mundial sem kimono Marcus Bochecha.
Na GRACIEMAG #178, em todas as bancas, não perca um dossiê completo sobre os ataques de perna. Vá às bancas, mas calce a botinha!