Hoje o mar do Arpoador está de ressaca. “Pipeline, Renan! Pipeline!”, gritavam seus amigos surfistas enquanto Renan Pitanguy, no alto do ringue do Maracanãzinho, enfrentava em 1984 o turbulento Eugênio Tadeu, em sua batalha mais famosa – naquele mesmo evento em que Fernando Pinduka, Marco Ruas e Marcelo Behring brilharam. Depois de décadas de muitos tubos, ondas gigantes e puro Jiu-Jitsu, Renan nos deixou nesta terça, 22 de outubro de 2019.
O faixa-coral, um dos raros homens a fazer história no vale-tudo e nos mares, começou a surfar em Copacabana, depois foi para o Arpoador e, no Havaí, ficou conhecido como “Crabman”, por sua base firme, sempre agarrado sobre a prancha. Em Pipeline, era respeitado como poucos.
Renan já havia sido internado antes e acabou contraindo uma infecção pós-prótese no joelho. Ele teve uma grave hemorragia digestiva e não resistiu, como informam nossos colegas do @arpoadorsurfclub. Nossos sinceros sentimentos à família e aos amigos de tatame e das ondas.