O rolo compressor Rodolfo Vieira voltou a atuar nos tatames do Tijuca Tênis Clube, no Rio, no último fim de semana, pelo Campeonato Brasileiro de Equipes. O campeão mundial da GFTeam venceu seus dois combates por finalização, e ajudou a equipe a garantir o bicampeonato consecutivo no peso pesado. Rodolfo bateu um papo com o GRACIEMAG.COM antes de viajar para o Chile, onde vai dar mais alguns seminários.
GRACIEMAG: Qual o golpe mais legal que você aplicou?
RODOLFO VIEIRA: No Brasileiro de Equipes? Foi aquela omoplata seguida do armlock. Foi bonito. Agora, o golpe mais maneiro que já dei na carreira foi um ippon seoi nage. Foi o primeiro seoi que eu dei na vida. Foi assim: num Europeu, eu vinha treinando muito essa queda mas não consegui achar o tempo certo na hora de aplicar, e como eu estava com o joelho machucado não podia trabalhar as quedas de perna. Então, num Brasileiro, eu pensei: vou tentar o seoi e ver no que vai dar, e saiu perfeito. O melhor de todos.
O que achou de sua atuação no Tijuca agora?
Acho que deu tudo certo. Eu lutei bem, consegui finalizar as duas lutas que fiz. E foi maravilhoso conquistar o bicampeonato para a minha família. A equipe está bem unida e muito forte, estamos no caminho certo. Era o título que me faltava, agora só falta o Brasileiro individual, que eu nunca lutei de faixa-preta. Ano que vem vou buscar esse título se Deus quiser.
Você se mostrou ansioso quando o seu professor Júlio Cesar não estava por perto para orientar você. Qual a importância do Júlio no seu córner?
Não tem nada melhor do que ter esse cara no córner. Eu até seria capaz de lutar sem ele, mas a voz dele me passa uma confiança absurda, é só o que ouço quando estou dentro do tatame. Ele sabe tudo que eu faço e o que sou capaz de fazer, às vezes ele grita junto com algo que eu já estou pensando em fazer. “Como ele sabe que estou querendo fazer isso?”, eu penso, impressionado. É engraçado. O Júlio é o cara mais perfeito que conheci, é um paizão não só para mim, mas para todos os alunos dele, independentemente de ser faixa-preta ou branca. Do pequeno garoto que ganhou uma copinha sem muita expressão até o campeão mundial absoluto, todo mundo é querido e bem tratado por ele. O tratamento é igual para todos, e às vezes até esqueço de agradecer a Deus por ter colocado esse anjo na minha vida.
Rodolfo, você vem há um bom tempo dominando sua categoria. Qual é o segredo para manter o nível? Você acha que treina mais que os outros?
Se eu treino mais que todo mundo não sei. Mas que eu treino forte, eu treino, rapaz. Acho que não tem mistério, o negócio é você querer sempre evoluir e buscar isso todos os dias nos treinos. E acreditar que tudo é possível.
Alguma luta ainda para este ano? Ou agora é a Copa Pódio em janeiro?
Não, ainda vou lutar para ganhar um carro este ano! Estou indo ao Chile agora, tenho seminários marcados de sexta a domingo lá. Depois volto e continuo os treinos. No dia 6 de outubro, sábado, tenho outro seminário em Araras, em São Paulo, e no outro fim de semana tem o campeonato Rockstrike de Jiu-Jitsu, em Brasília, onde o campeão absoluto faixa-preta ganha um carro zero quilômetro como prêmio. No dia 20 de outubro, tenho um seminário em Blumenau, em Santa Catarina, e em novembro vou com o Júlio para a Austrália para mais um tour de seminários, vamos ficar um mês lá. Graças a Deus a gente tem trabalhado bastante!