Rominho Barral beliscou no domingo, dia 8, mais um título inédito da IBJJF, mas trocaria a medalha de ouro no meio-pesado do Mundial Sem Kimono facilmente pela chance de reencontrar um amigo que se foi.
O faixa-roxa Vinicius Caetano, o Batoré, foi assassinado em Belo Horizonte semana passada, com um tiro na cabeça por conta de um desentendimento.
“Eu queria dedicar essa vitória para ele. E gostaria de deixar um recado e pedir para todos os lutadores evitarem qualquer tipo de briga, principalmente a gente que luta. Ninguém vai querer brigar com a gente e esse mundo é muito perigoso. Queria pedir paz para todo mundo, porque foi uma coisa que aconteceu em BH e deixou todo mundo triste, era um moleque super maneiro e casca-grossa”, refletiu.
“Temos que lutar no dojô, esse mundo aí é cruel, muito perigoso. Estamos sujeitos que isso aconteça com qualquer um de nós. Dedico essa vitória para você, Batoré”, disse um emocionado Rominho, ao GRACIEMAG.com
Com o ombro doendo um pouco, Rominho finalizou dois oponentes, entre ele a dureza James Brasco, e fechou a final com Otavio Sousa. No absoluto, Barral não quis forçar e pilhou o companheiro Roberto Tussa, que surpreendeu e acabou campeão.
“Não ia lutar, mas pensei, poxa, campeonato a 30 minutos da minha academia. Então tenho que lutar. E era um título que eu não tinha. Acabei sendo campeão mundial com e sem kimono, olha aí. Ano que vem espero estar bem para defender esses títulos, e brigar pelo absoluto.”