O UFC Live on Versus 3, na noite desta quinta-feira, será transmitido em três dimensões para os americanos. Algo a ver com a tecnologia 3D lançada por algumas das principais TVs a cabo dos EUA.
No Brasil, ver alguns craques do MMA em alta definição já é o suficiente. A partir das 23h, o canal Combate e o Combate HD transmitem ao vivo e com exclusividade o card principal do show, direto de Louisville, Kentucky.
Pela luta principal da noite, o americano Diego Sanchez, primeiro campeão de uma edição do reality show The Ultimate Fighter (TUF), encara o dinamarquês Martin Kampmann. Já pelo card preliminar do evento, os brasileiros Thiago Tavares e Rousimar Palhares, o “Toquinho”, encaram, respectivamente, os americanos Shane Roller e Dave Branch.
Aos 29 anos, Diego Sanchez, ou “The Nightmare”, tem 15 lutas no UFC, tendo vencido 11. Além do respeitável cartel, Sanchez ostenta o título de primeiro campeão do reality show de MMA The Ultimate Fighter, quando venceu, em 2005, Kenny Florian por nocaute. Além disso, Sanchez, que já disputou lutas em três diferentes categorias do UFC (médio, meio-médio e leve), é ex-desafiante de BJ Penn pelo cinturão da categoria leve – Sanchez foi derrotado por nocaute técnico em 2009, em luta sangrenta e dramática.
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Vindo de vitória em cima da fera do Bope Paulo Thiago, Sanchez diz que se “reinventou”. Ele credita a nova fase aos treinamentos com o consagrado Greg Jackson, treinador de Georges St-Pierre e Jon Jones.
“Mudou tudo. Imagina o que estou falando? Saí de San Diego e voltei para Albuquerque, da cidade e para as montanhas. Reestruturei toda minha vida. Provei isso em minha última luta e pretendo provar novamente. Estou em excelente forma física e bem de cabeça. Os treinamentos foram excelentes e devo isso ao Greg e a equipe que treina aqui”, afirmou Sanchez.
Seu adversário será Martin Kampmann, que, por coincidência ou não, também venceu Paulo Thiago em 2010. Aos 28 anos e com cartel de 8v, 3d no UFC, o lutador vem de derrota para Jake Shields e considera essa luta como sua chance de confirmar seu valor.
“Às vezes não superamos nossas próprias expectativas. Isso foi exatamente o que aconteceu contra Shields. Sei que cometi muitos erros na luta, só espero que os tenha corrigido para voltar mais forte ao octógono”, explicou o dinamarquês, para depois analisar seu favoritismo mostrado pelos números das bolsas de apostas: “Essas probabilidades, números e favoritismos não ajudam lá dentro”.
Apesar da pouca idade (26 anos), o catarinense Thiago Tavares está bem longe de ser um lutador inexperiente. Antes mesmo de estrear (com vitória) no UFC Fight Night 9, Thiago já acumulava um cartel de 16v, 0d, tendo lutado em eventos no Brasil, EUA e Europa. Em 2007, estreou no UFC contra o japonês Naoyuki Kotani e, após os três rounds, foi declarado vencedor por decisão unânime dos jurados.
Desde então, Thiago fez nove lutas, acumula um cartel de 5v, 3d e 1e e vem de vitória por finalização contra o americano Pat Audinwood, em luta válida pelo UFC 119, em setembro último. Agora, contra o conceituado westler americano Shane Roller, Thiago se mostra confiante.
“Shane Roller é um ótimo lutador, vem de uma grande vitória sobre Jamie Varner. Vai ser uma grande luta, vou em busca do nocaute. E ele sabe disso”, explicou o catarinense.
Mineiro de Dores do Indaiá, Rousimar Palhares, ou, simplesmente “Toquinho”, já carregou o status do “homem que poderia derrotar Anderson Silva”. Isso porque, em sua estreia pelo evento (2008), “Toquinho” não tomou conhecimento do americano Ivan Salaverry e finalizou com uma chave de braço ainda no primeiro round. A vitória mostrou para o mundo do MMA, que esse mineiro, faixa-preta de Murilo Bustamante (BTT), chegava forte ao UFC com seu afiado jogo de finalizações.
Porém, talvez até pelo precoce status, Toquinho foi escalado para enfrentar o duríssimo Dan Henderson, que já havia sido campeão em duas diferentes categorias do extinto Pride. O ex-peão acabou sentindo a responsabilidade da luta e perdeu por decisão unânime dos jurados. Desde então, Toquinho já fez quatro lutas, vencendo três e perdendo a última por nocaute técnico para Nate Marquardt. Nesta última, válida pelo UFC Fight Night 22, acabou se preocupando mais em falar com o árbitro. Essa desatenção permitiu que o adversário aplicasse uma sequência de golpes, que teve de ser interrompida pela arbitragem.
UFC Live On Versus
Diego Sanchez x Martin Kampmann
CB Dollaway x Mark Munoz
Alessio Sakara x Chris Weidman
Brian Bowles x Damacio Page
Joe Stevenson x Danny Castillo
Preliminares (sem transmissão pela TV)
Steve Cantwell x Cyrille Diabate
Thiago Tavares x Shane Roller
Takeya Mizugaki x Reuben Duran
Rob Kimmons x Dongi Yang
Rousimar Palhares x Dave Branch
Igor Pokrajac x Todd Brown