Ao anunciar oficialmente a revanche entre Anderson Silva e Chael Sonnen para o dia 7 de julho, em Las Vegas, no UFC 148, em coletiva no Rio de Janeiro, Dana White fez o melhor para os negócios. Não foi o que Anderson Silva queria, nem os fãs de MMA no Brasil, que sonhavam com o show que entraria para a História do esporte.
Não deu. “Tentamos tudo para fazer Silva vs Sonnen em um estádio no Brasil, não deu certo. Vamos para Vegas, a capital da luta”, disse o presidente do UFC. A mudança desagradou Anderson Silva demais. “Não estou feliz pois a luta não será realizada no Brasil, mas sou atleta do UFC. Não tenho só fãs aqui, tenho no mundo inteiro”, limitou-se a dizer o Spider na coletiva.
Para os amigos e para a equipe, Anderson não ficou descontente simplesmente por perder o calor da torcida brasileira, um apoio e tanto. Anderson repetia que queria era dar uma lição inesquecível no arquirrival faroleiro e, para a vingança ser completa, o reencontro precisava ser em solo brasileiro.
Mas será que o calor humano e o barulho dos fãs influi no resultado de uma luta de alto nível? A torcida brasileira poderia quebrar a mente sempre firme de Chael Sonnen?
Para Amaury Bitetti, ex-lutador do UFC e treinador de MMA, o local da luta influi, sim, no resultado.
“Foi um pena essa decisão, essa luta tinha de ser aqui. Acho que a torcida ajuda passa mais confiança. Outra coisa chata de lutar fora do Brasil é o clima. Você tem que ir antes para se acostumar, acaba ficando longe da família, é complicado”, opinou o bicampeão mundial absoluto de Jiu-Jitsu em 1996/97.
Luiz Dórea, treinador de boxe de Anderson Silva e do Team Nogueira, também lamentou o desfecho da novela. “Todos queriam que fosse aqui, mas é assim mesmo. É o UFC que determina. A torcida brasileira conta, a emoção e a energia fazem a diferença, sem dúvida. Mas o Anderson é muito experiente, a maioria das lutas dele foi fora do país e isso no fim das contas não vai influenciar em nada”.
Provocações antes da guerra no UFC
Sem ligar para nada disso, Chael Sonnen aproveitou a coletiva para seguir com suas provocações, tentando inclusive pegar o cinto à frente de Anderson. Ao repórter Ary Cunha, do jornal “O Globo”, ele no entanto deu pistas dos motivos de suas asneiras, logo após a coletiva.
“As pessoas às vezes esquecem o senso humor”, disse o americano, que tem um diploma de Sociologia. “É a Sociologia que me dá a licença poética de falar tudo isso que falo. Se você for analisar, os comediantes estão sempre atravessando essa linha da provocação e têm liberdade para isso. Sei exatamente até onde posso ir. Se os brasileiros não gostam do que digo, que falem mal dos Estados Unidos”.
Porém, ao ser perguntado se seu doping na primeira luta não tirava seus méritos pela boa atuação, Chael não riu nem um pouco, e se retirou.
E você sagaz leitor, acha que a torcida e o local podem influenciar no resultado final da revanche entre Anderson Silva x Chael Sonnen? Qual será o resultado para você? Comente com a gente.