Uma visita ao caldeirão dos Mendes

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Faz calor em Rio Claro, no interior de São Paulo.

No número 2004 da rua 6, segundo andar, a temperatura é mais alta ainda.

“Tem que sofrer agora, para sorrir depois”, berra Ramon Lemos, líder da equipe Atos Jiu-Jitsu, quando percebe que algum dos seus comandados estão dando uma respirada.

Gui e Rafa: sucesso à base de muita criatividade e treino

As séries de treinos são de sete minutos divididos em dois períodos, sempre com adversários descansados.

O “depois” quer dizer o Mundial 2010, apenas a três semanas de distância.

O time da Atos JJ está sob os holofotes desde que os faixas-pretas começaram a colecionar bons resultados.

Na tarde de terça-feira, lá estão Gilbert “Durinho” Burns, Cláudio “Juninho” Calasans e Ary Farias, recém chegado ao time. Guto Campos, ainda em Porto Alegre, chegará em breve.

“Depois do sucesso da molecada, muita gente apareceu querendo treinar, mas só aceito aqueles que eu vejo que trarão algo de bom para o time”, revelou um criterioso Ramon, que planeja grandes mudanças no dia a dia do time.

Treino duro a três semanas do Mundial

Mas, sem dúvida, os carros chefes da companhia de Ramon Lemos são Guilherme e Rafael Mendes, alunos do carioca desde a faixa-branca.

Desde quando pegaram a faixa-preta, em outubro de 2008, Gui foi campeão mundial peso pluma, Rafa foi campeão até 66kg do ADCC e deu aula para o sheik Tahnoon Bin Zayed, de Abu Dhabi; e os dois fecharam a categoria mais leve do recente World Pro; antes disso, porém, haviam impressionado (e irritado) a comunidade do Jiu-Jitsu com a guarda 50/50.

Sobre a 50/50, eles sempre disseram: “Isso é só uma parte do nosso jogo”.

E é mesmo, como a simples observação dos dois lutando e, ainda mais impressionante, treinando, deixa claro.

Na abafada fábrica de talentos de Rio Claro, os Mendes parecem estar criando novas movimentações a cada momento. Quando requeridos pela reportagem de GRACIEMAG para mostrarem cada um três posições para uma matéria futura, os dois sentam no tatame e discutem. Decidem pelas seis, aparentemente entre as dezenas que têm na cabeça.

Quando terminam, mostram mais duas em vídeo para o GRACIEMAG.com.

Primeiro, Rafael mostra um triângulo.

Depois, Guilherme ensina uma kimura.

Quando finalmente pegamos a estrada de volta para São Paulo, ao longo dos 177 km que dividem as duas cidades temos  a certeza que daqui a três semanas, quando nos reencontrarmos em Long Beach, os “Magos” já terão novos golpes para mostrar.

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