Campeão meio-pesado no Rio Open, o faixa-preta Felipe “Preguiça” Pena (Gracie Barra) é o convidado desta sexta-feira em GRACIEMAG para dar algumas lições de Jiu-Jitsu ao praticante. O jovem campeão analisou sua luta com Leandro Lo e deu alguns pontos de vista interessantes sobre Jiu-Jitsu. Confira:
GRACIEMAG: No Rio Open, você perdeu para Leandro Lo na semifinal do absoluto apenas nas vantagens. O que aprendeu ao jogar por baixo contra Lo, um bicampeão mundial?
FELIPE PREGUIÇA: Eu acho que fiquei muito na defensiva. Deveria ter atacado mais desde o início para tentar raspar. O Lo está de parabéns. Vou treinar mais para a próxima luta e procurar evoluir sempre. A cada campeonato, aprendo muito e sinto que vou evoluindo. Nas outras faixas, sempre cometia erros mas conseguia correr atrás do prejuízo. Na faixa-preta, apesar das lutas mais longas, o tempo parece que passa mais rápido, pois o nível é diferente. O macete é começar na frente no placar. Eu fiz isso nas minhas outras lutas e também por isso voltei para casa com um ouro e um bronze no aberto.
O que pesou na vitória na final do peso, contra Rodrigo Pimpolho?
Todos que lutam estão sujeitos a perder ou ganhar, mas tem que ter muita vontade. O Rodrigo é um excelente atleta e apesar de sermos da mesma equipe, não treinamos juntos. E ninguém treina para ficar em segundo lugar. O justo então é lutar mesmo e ver quem está melhor ali no dia. Na luta, explodi com meu jogo e deu tudo certo. Raspei e depois me afastei e esperei o momento certo para passar toureando, e acabei ganhando dele por 7 a 0 no placar. Para passar toureando? Eu costumo segurar a calça lá perto da boca e jogar as pernas para o lado, adiantando o corpo.
O que passa na sua cabeça nas últimas horas antes de competir?
Procuro ficar tranquilo, e dosar mais os treinos. Fez diferença, eu me senti melhor na competição, mais descansado. Além disso, eu me alimento bem, fico com minha namorada e amigos íntimos. No dia do evento, chego com muita energia e gana de lutar.