Vitor Belfort foi encaixado em cima da hora no card do UFC 152, para dar ao campeão Jon Jones um oponente à altura após o maldito UFC 151, cancelado.
Por muito pouco, porém, a luta que caiu do céu para Vitor não virou um inferno.
Vitor não quis saber de frustrar mais uma vez os fãs e os chefes. Após a peleja, ele também tentou não alardear muito o fato para não soar como desculpa para a derrota. Mas aconteceu:
A cerca de duas semanas da luta, Belfort treinava na equipe Blackzilians, na Flórida, com um dos especialistas de wrestling do time, para se preparar para as quedas do rei dos meio-pesados.
Vitor então foi cinturado, buscou a defesa mas se viu capturado num belo suplê. O carioca tentou cair da melhor forma, mas sentiu que algo saíra do lugar na hora. As dores indicavam que havia um problema maior.
Após avaliação médica imediata, a constatação: Vitor havia fissurado uma das costelas.
É normal, como seu arquirrival Wanderlei Silva costuma dizer, entrar para lutar no UFC com alguma avaria. O problema da lesão não foi na hora. Foi antes.
Vitor ficou mais de sete dias sem poder treinar. Ele, que tinha apenas três semanas para se preparar, teria de ficar de molho na segunda semana de treinamento. Ele então improvisou. Passou a realizar apenas treino de sombra de boxe e a suar na bicicleta ergométrica. Depois de pouco mais de uma semana, quando o corpo permitiu, voltou a socar manoplas, sem muito contato. E jamais voltou a treinar seu Jiu-Jitsu e botes da guarda, que estava treinando antes da contusão (e dos quais fez uso no primeiro assalto, no já famoso armlock).
O fato não tira nenhum mérito do campeão Jon Jones, que finalizou o valente desafiante no quarto assalto – apesar do seu braço direito totalmente avariado. Mas mostra que Vitor, que ganhou todos os pontos possíveis com o patrão Dana White, merece também o reconhecimento da torcida.