Fabricio Werdum é capa da GRACIEMAG #162, nas bancas, livrarias e academias por todo o planeta. Na edição deste mês, o faixa-preta conta um pouco da sua história e o que foi vital nos seus treinos até o momento máximo na carreira, a vitória contra Fedor Emelianenko, quando finalizou com um ataque duplo fulminante do triângulo.
O GRACIEMAG.com entrou em contato com o astro do Strikeforce para saber como anda sua recente contusão, e como foram as comemorações de… seus dois aniversários, recentemente.
“Meu pai é militar”, ri Werdum, lembrando a história (publicada pela primeira vez em GRACIEMAG #98). “Então, apesar de eu ter nascido no dia 30 de julho de 1977, ele só me registrou no dia 24 de agosto, porque é uma data comemorativa no exército brasileiro. No meu documento consta que nasci no dia 24 de agosto, mas eu nasci em julho! Ele fez isso, na real! Se for contar todos os meus aniversários, estou com 66 anos! Então eu comemoro apenas em julho. O problema era quando eu ia comemorar na pizzaria, até explicar que era meu aniversário era um problema. Para levar os amigos e não pagar a minha conta, tinha que ir de novo no dia 24 de agosto! Complica um pouco, hoje nem explico mais isso muito e deixo valer a data na identidade”.
Confira este bate-papo com o homem da capa da GRACIEMAG:
O que achou do triângulo do Anderson Silva (contra Chael Sonnen) no UFC 117, em que ele também venceu com um ataque duplo do triângulo? Quem está com o melhor triângulo, ele ou você?
(Risos). Vocês são fogo! Veja que o Anderson também ajustou com a mão na canela. O pessoal viu que eu usei o ataque duplo, variando do triângulo para o braço. Então agora, pelo valor da minha vitória, todos estão atentos à eficiência desse ataque. Acho que deu uma motivada no pessoal para fazer essa posição.
O que houve ali no seu encontro, após a vitória no Strikeforce, com o consagrado ator Forest Whitaker?
Ele estava lá vendo minha luta contra o Fedor e foi depois me visitar nos vestiários. Dei uma camisa minha para ele, fiquei bem feliz, porque sou seu fã também. Ele disse que gostou muito da minha luta, que sabia que o Fedor era favorito. Ele ficou comemorando com a gente. Um amigo meu lançou o grito “Werdum time”, aí cantamos para ele “Forrest Time” e ele ficou pulando junto. Foi bem legal. Ele ficou surpreso com a minha vitória, me deu os parabéns.
Como está a recuperação da cirurgia no braço?
A recuperação está ótima. Operei com um dos melhores especialistas e já estou dirigindo e tudo. Faço mais de duas horas de fisioterapia todos os dias. Não foi algo tão simples, tive que fazer sete furos no meu braço para tirar todos os detritos. Mas o médico operou tão bem que nem sinto dor. Sempre, depois de uma cirurgia, dói muito. Essa minha nem tomei remédio para dor. O médico me receitou um, mas eu nem precisei.
O leitor que já garantiu sua GRACIEMAG #162 tem diversas lições na revista. Para dar uma de lambuja para o internauta, qual afinal é o macete para arrochar o triângulo, ainda mais em cima de um lutador do nível do Fedor?
O macete do triângulo no vale-tudo? Cara, primeiro, se o pessoal vir as minhas lutas no MMA vai perceber que não tomo muitos socos por baixo. Nos seminários falo isso, inclusive, para não fechar a guarda. A guarda progressiva que fazemos agora, com as dicas que fomos adaptando, facilita o triângulo e a chave omoplata, entre outras coisas. O negócio do triângulo é manter o pé na virilha para controlar a distância e o cara. Para fechar, coloque a mão na canela, ajuda a não escorregar. Muita gente não faz isso, mas é o que dá tempo de ajustar o triângulo até o final.
Queria agradecer a força que a GRACIEMAG me deu. Fui capa na GRACIEMAG e na NOCAUTE, em tudo! Queria agradecer muito a vocês. Vou fazer um quadro aqui com essas capas e colocarei na academia para toda a galera ver. Valeu mesmo!