Quem é o praticante de Jiu-Jitsu mais duro do cinema? Talvez você considere votar em Indiana Jones

Share it

Ele não cansa de viajar atrás de desafios, esbanja saúde, encontra tempo para estudar e, no sufoco, tira sempre um rolamento perfeito do chapéu.

Seria um dos heróis mais queridos do cinema um praticante de Jiu-Jitsu?

De acordo com fãs, sim. Personagem fictício criado por George Lucas e Steven Spielberg, Indiana Jones, pode ter sido um fiel adepto dos treininhos de kimono, e talvez tenha cruzado até com o grande mestre Mitsuyo Maeda em alguma de suas jornadas pela América do Sul, atrás de culturas e relíquias desaparecidas.

Nos fóruns de internet sobre a série cinematográfica, o debate vai longe, numa investigação que envolve teorias profundas e discussões acaloradas. Mas afinal, que artes marciais pratica o doutor Henry Walton Jones Jr., sábio arqueólogo e professor na Marshall College?

A investigação, claro, começa pelas cenas de brigas e confusões. Logo no filme de estreia, “Os caçadores da arca perdida” de 1981, o personagem de Harrison Ford viaja até a cidade perdida de Tânis, no Egito, na época da Segunda Guerra Mundial. Jones se mete numa briga feia, perto de um avião desgovernado por perto.

O rival, um gigantesco mecânico nazista, acerta o rosto de Jones com diversos murros. Indiana até usa certa defesa pessoal e mostra que sabe cair. Quando o trem de pouso da aeronave se aproxima, ele rola para o lado com agilidade ímpar, salvando-se de um esmagamento certo. O problema da cena é que Indiana, em momento algum, tenta afastar o agressor com um pisão ou botar o grandalhão para baixo. Se treinava Jiu-Jitsu ou outra luta agarrada, Indiana precisaria voltar para a faixa-branca.

Fãs do filme de Spielberg, tarados nos cinco filmes da série, garantem que o ator Harrison Ford praticou de fato diversas artes marciais, notadamente caratê, judô e boxe ao estilo Queensbury. De fato, Ford usa em muitos de seus filmes variados suplês, diretos convincentes e mesmo cotoveladas de muay thai. Por sinal, em “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, o quarto da série, Ford está bem mais afiado na luta de solo – ele distribui gravatas (enquanto dirige um jipe!), baianas, rasteiras e defesas de chave de braço.

Claro, tudo ali é ficção, das boas. Mas é certo que transparece na figura de Indiana Jones dois aspectos muito característicos de um mestre no Jiu-Jitsu.

O primeiro é a pegada afiada. Repare como o doutor Jones se salva ao se agarrar em cipós, pontes, despenhadeiros, fundos de caminhões, raízes secas. Pois é, jamais seus dedos e calos o deixaram na mão.

O segundo, e principal, é a cabeça tranquila e o pensamento perfeito sob momentos de altíssima pressão. Quando tudo está ruindo à sua volta (e como há desmoronamento nos cinco filmes!), Indiana mantém a confiança e a fé em si mesmo.

Mesmo nos territórios mais inexplorados, o professor e historiador dá sempre o passo na hora certa, esbanja frieza e clareza de raciocínio até que, nos últimos instantes, é capaz de encontrar a melhor saída para escapar com seus amigos em segurança – inclusive ao fugir, rolando, de uma imensa pedra que despenca atrás dele num templo antigo, no início do primeiro filme.

O leitor com a curiosidade de um sábio arqueólogo pode encontrar outras boas pistas sobre Indiana Jones e o Jiu-Jitsu. Na série de TV “O jovem Indiana Jones”, exibida pela ABC e premiada com um Emmy em 1992 e 1993, os roteiristas contam como o jovem herói fez amigos notáveis nos seus tempos de universidade, em Chicago. Um deles foi Ernest Hemingway, escritor bom de briga.

Em 1920, Indiana Jones cruzaria com outro estudante lendário. Era um colega de quarto, que além de ler sobre direito, adorava livros ilustrados com técnicas de jiu-jítsu japonês. Tratava-se de um cê-dê-efe e futuro agente da lei, de nome Eliot Ness. Sim, o carrasco de Al Capone.

Isso tudo, claro, anos depois de Indiana lutar na Primeira Guerra Mundial e depois de ir parar no México, onde lutou ao lado de Pancho Villa e sua turma.

Não era mesmo fácil para Indiana Jones arrumar tempo para ir à academia e estudar suas técnicas de kimono. Se a sua vida é um pouco menos agitada, arrume uma brecha em sua rotina, e bons treinos.

E para você, quem foi o maior representante do Jiu-Jitsu nos cinemas?

Ler matéria completa Read more