Atual campeão até 66kg do ADCC e atual campeão mundial, Rafael Mendes treinava este ano com o xeque Tahnoon, em Abu Dhabi, quando mencionou ao organizador do ADCC, Guy Neivens, que seu irmão gostaria de lutar a seletiva. Neivens retrucou: “Tudo bem, mas se ele se classificar, no ADCC 2011 vocês vão lutar logo de cara”.
Gui Mendes até desanimou, mas o parceiro de Atos Bruno Frazatto não, lutou a seletiva e venceu. Quando saíram as chaves, os companheiros viram que não se tratava de bravata. “Foi uma situação superchata, mas eu achei que estaríamos no mesmo lado da chave, não que faríamos a primeira luta. Não teve jeito, nem conversamos muito e lutamos”.
E foi uma guerra, com Rafa atacando na guarda 50-50 e sendo atacado o tempo todo. No fim, um ataque às costas garantiu a vitória por 3 a 0.
“Foi como enfrentar um irmão, e você viu como foi. Mas nestas horas temos que ser profissionais, e seguir em frente numa boa. Pelo menos agora vimos que tem de ser assim mesmo, vamos tentar lutar sempre a partir de agora, especialmente no próximo Mundial”, analisou Rafa.
“Porque ninguém treina para ser segundo! Então não é justo ninguém precisa abrir para ninguém, e além disso a torcida não gosta e a mídia não gosta, então quando três, dois fecham, a conquista fica diminuída”, diz o semifinalista, que emplacou uma das finalizações mais aplaudidas do dia, ao encaixar uma omoplata, girar para o braço e estrangular pelas costas, em cerca de um minuto, nas quartas-de-final contra Justin Rader, sua segunda e última luta do dia. Ele encara Robinho Moura amanhã, nas semifinais. Se vencer, enfrenta Cobrinha ou Jeff Glover.
“Eu imaginava que seria o Robinho, ao ver as chaves. Ele era mesmo o cara com mais nome do outro lado da minha chave”, elogiou. Rafa e Robinho se enfrentaram de kimono no World Pro 2010, quando Rafa venceu por 6 a 4. Quem vence amanhã, Mendes ou Moura?
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