Rafael Mendes segue em sua irretocável carreira dentro do Jiu-Jitsu. No último domingo, o peso-pena da Atos venceu o Mundial da IBJJF pela quarta vez, e igualou com isso o feito de dois mitos, Royler Gracie e Rubens Charles “Cobrinha” – por acaso, seu arquirrival nas disputas na Califórnia desde 2009.
Quarto lugar no ranking mundial do Jiu-Jitsu, Rafa, 24 anos, mostrou na Pirâmide que está em plena forma. Na final, venceu Cobrinha por 10 a 8, num redemoinho de raspagens.
Em bate-papo exclusivo com GRACIEMAG, Rafa analisou a campanha no Mundial, comentou a final contra Rubens Cobrinha e repetiu seu objetivo maior no Jiu-Jitsu: buscar o penta ano que vem e ser o melhor da história na sua categoria. Confira!
GRACIEMAG: O que você sentiu ao conquistar o tão sonhado tetracampeonato mundial?
RAFAEL MENDES: Foi uma excelente atuação, me preparei da melhor forma e estava confiante que alcançaria meu objetivo. Finalizei todas as lutas antes de chegar à final. Venci a final por pontos e igualei o feito do Royler e do Rubens Cobrinha. A final foi minha luta mais difícil. Já lutei com o Cobrinha 13 vezes, e é sempre uma luta dura, mas treinei muito e consegui fazer o movimento que treinei para surpreendê-lo e chegar a uma boa posição, posição que me deu a vantagem na luta e a vitória. Ano que vem vou com o objetivo de me tornar o maior peso-pena da história do Jiu-Jitsu. Tenho apenas 24 anos e vou continuar lutando para aumentar este recorde por um longo período.
E que movimento foi esse que você treinou, Rafa?
Foi uma luta disputada, eu consegui fazer o berimbolo e ganhar a montada, mas pelo fato de estar quase do lado de fora não pude voltar na mesma posição; acabei ganhando apenas a vantagem, mas fiquei feliz de ver que minha técnica funcionou. Estou sempre aprendendo a me conhecer melhor. Jiu-Jitsu é isto, aprender que se pode sempre ir além do que você pensa. Estou sempre aprendendo que posso fazer mais do que acho que sou capaz.
Quais são seus planos para o fim de 2014, Rafa? Vai lutar algum campeonato?
Ainda não sei, estou me dedicando à academia e tenho alguns seminários marcados. Vou viajar pela Alemanha, Austrália, Nova Zelândia e diversas partes dos EUA, ensinando minhas técnicas. Se sobrar algum tempo entre esses compromissos, pode ser que eu lute, sim.