Rayron Gracie explica o que vai mudar em seus treinos para vencer na faixa-preta

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Rayron Gracie venceu o absoluto faixa-marrom no Mundial 2023. Foto: Tyy Withrow/GRACIEMAG

Rayron Gracie reinou no absoluto faixa-marrom do Mundial 2023 e conquistou o ouro de maneira emocionante na Pirâmide de Long Beach, na Califórnia, na quinta-feira, 1º de junho. O filhão de Ryan provou estar com a mente blindada para ser coroado no aberto. Momentos antes, ele foi derrotado na final do superpesado, e deu a volta por cima para faturar o título. Rayron protagonizou uma luta intensa contra Gabriel Brod na decisão e superou o adversário por 4 a 2 nas vantagens.

O Gracie teve a primeira oportunidade de buscar a coroa no absoluto da faixa-marrom na edição passada do Mundial. Passou perto de repetir o feito do primo Roger em 2002 (contra Ronaldo Jacaré), mas o sonho foi adiado. Ficou com o vice absoluto e o bronze na categoria. 

“Cada derrota foi essencial para a minha evolução e pude analisar em detalhes os erros cometidos. Desde então, tenho trabalhado na melhoria de tais áreas, o que me levou a ser campeão mundial absoluto este ano”, contou Rayron. O Gracie usou as derrotas como motivação e foi imbatível na final do absoluto do Mundial 2023.

Em bate-papo com a equipe do GRACIEMAG.com, Rayron Gracie compartilhou detalhes do título mundial e contou o que foi determinante para sair do absoluto com a vitória.

GRACIEMAG: Qual foi o momento decisivo na final do absoluto?

RAYRON GRACIE: Pensei: não aguento mais ficar em segundo lugar (risos). Eu sabia que era mais do que capaz de alcançar a medalha de ouro e mantive esse pensamento em mente. Existem momentos cruciais onde a habilidade de criar uma força de vontade extrema dentro de si combinada com a técnica refinada decidem a luta.

O que muda na sua vida ou na sua rotina de treinos com a medalha?

Não farei nenhuma mudança em relação ao aprimoramento técnico. Mas vou intensificar o preparo físico para estar mais do que condicionado aos dez minutos de luta que virão na faixa-preta.

Kyra, Rayron e Roger Gracie no pódio do Mundial 2023. Foto: Divulgação/IBJJF

Você desde a roxa não teve uma trajetória de vitórias linear. O que aprendeu a cada derrota?

Cada uma das derrotas foi essencial para a minha evolução e pude analisar em detalhes os erros cometidos. Desde então, tenho trabalhado na melhoria de tais áreas, o que me levou a ser campeão mundial absoluto este ano. Nenhuma derrota é prazerosa, mas elas providenciam uma energia e uma força de vontade inigualáveis.

Que memória você leva do seu avô Robson para inspirar para as próximas batalhas?

Meu avô é uma lenda e viveu uma vida histórica. A ausência de medo em sua vida é algo que irei carregar em minha jornada na terra.

 

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Seu primo Roger surgiu para o mundo ao voar no ADCC. Não pensa em lutar sem pano ou MMA?

Meu foco é no kimono. Acredito que esteja aí a verdadeira essência do Jiu-Jitsu e a grande beleza da modalidade. 

O que observou dos seus futuros oponentes na preta? Vai dar para brigar ali entre os gigantes?

Não vejo a hora de dividir o tatame com esses grandes campeões da atualidade.

 

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