Aos 43 anos de idade, Renzo Gracie vai encarar Matt Hughes no UFC 112, no dia 10 de abril, em Abu Dhabi. Além de o combate marcar a estréia de Renzo na maior organização mundial, a luta será a chance de o Gracie defender o nome da família, já que o faixa-preta de Jiu-Jitsu ainda não engoliu a vitória de Hughes contra o primo Royce Gracie, no UFC 60. Em entrevista à NOCAUTE #84, que já está nas bancas de todo o país, Renzo fala com exclusividade sobre o próximo desafio e muito mais. Confira uma pequena amostra:
Você já disse que quer vingar o Royce nesta luta. É realmente uma coisa pessoal?
Acredito que, toda vez que um Gracie falha, deve vir outro e ajustar a situação. Isso aconteceu quando eu lutei com o Shungo Oyama. Acho que fui roubado. Ele era um cara abusado, fugia da luta e agia como se eu não estivesse lutando. Na hora perdi a cabeça e cuspi na cara dele. Perdi a luta por isso, mas na regra não havia nada contra cuspe. Mas depois o Ryan veio e quebrou o braço dele. Isso é a nossa história. Foi o que aconteceu com o tio Helio no caso do Waldemar Santana. O Carlson depois foi lá e deu um pau nele. No momento que um termina um pouco atrás, outro empurra e coloca o negócio para frente. Sem dúvida nenhuma, será um prazer dar uma coça no Matt Hughes.
Você acredita na realização de um evento do UFC novamente no Brasil, num futuro próximo?
Tive a chance de sentar com eles (dirigentes do UFC) e existe uma possibilidade muito grande. Pensei muito nisso, e tenho a ambição de trazer o Ultimate para o Brasil. Acredito que ninguém mereça mais isso que o povo brasileiro. É uma questão de tempo.
Por que a carreira de Roger Gracie está demorando a decolar no MMA?
Ele assinou com o Strikeforce e vai lutar. O Roger é um cara fora de série, um garoto com personalidade, carinhoso e doce. Nunca foi a ambição dele virar campeão de vale-tudo. Graças a Deus, consegui ter uma influência ali, porque ele é um talento nato, fora do normal. Acredito que ele agora está se estruturando para fazer isso. Um cara que foi sozinho à Inglaterra, montou uma equipe fantástica e está trabalhando para burro e acabou de ter um filho. Não são todos que fazem como eu que, com três filhos e o sócio roubando, saiu na porrada com o Eugênio no Brasil, depois foi para o Japão para sair na mão, perdeu um vôo para Abu Dhabi e depois ganhou o ADCC. Estamos falando de um garoto que tem menos de 30 anos. O melhor da vida dele, quando estiver mais forte, com mais gás e maduro, está por vir. A carreira do Roger ainda nem começou e todos sabem que ele tem um futuro brilhante. Achava que ele deveria perder peso e descer de categoria. Aos poucos, convenço ele.
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