Rolles Gracie chegou à quarta vitória em cinco lutas na última sexta-feira, no evento Urban Confict Championships (UCC 4), em Nova Jersey. Além disso, contra Braden Bice, também foi a quarta finalização a favor no cartel do faixa-preta. Logo abaixo confira as fotos do combate, captadas pelas lentes de Dan Rod, e a entrevista do Gracie feita pelo editor Marcelo Dunlop, em que comenta, entre outras coisas, o que mudou depois da sua única derrota, quando estreou no UFC.
Como você finalizou? Foi algo novo ali, ou o básico?
Simplesmente o famoso arroz com feijão, mas com tempero especial. Foi um katagame tradicional que eu venho aperfeiçoando a cada dia. Tô pegando de tudo que e jeito e de qualquer lugar!
O Gregor também vem de treinos fortes, e além de tudo teve a viagem para Costa Rica, com Rilion, Roger, Kyra… Pode-se dizer que você estava na melhor época para fazer este retorno aos ringues?
Não só o Gregor e eu, mas também o Igor, que deve lutar já, já. Realmente o momento está muito bom. Essa semana que passamos na Costa Rica ajudou muito, eu me sinto muito bem perto de familiares e pessoas que querem o meu melhor. E foi isso o que eu tive, não só na Costa Rica, mas durante toda a minha preparação para a luta. O nosso time está bastante unido e agora temos um infra-estrutura profissional em Nova Iorque com um octagon, coisa que estava faltando antes.
Que momentos curiosos rolaram durante o evento?
Duas coisas que não vou esquecer foi o frio que estava lá dentro, era uma arena hoquei no gelo. Quando cheguei lá, tive que comprar mais um casaco para poder aquecer direito. E em segundo,o que até é relativo à primeira pergunta. Quando finalizei, ninguém entendeu o que aconteceu, nem o juiz, jurados, organizadores. Eu cheguei a ficar
preocupado por um segundo até entender o que estava gerando aquele debate, achei que ninguém tinha visto o cara bater. Acabou que eles botaram com resultado oficial guilhotina da montada.
Como você usou a derrota no UFC mentalmente para ajudá-lo agora? Ignorou simplesmente? Ou usou-a como algum tipo de incentivo ou motivação?
Na época foi duro, mas eu sou mais forte que isso. Sei quem sou e conheço o meu potencial. Aquela derrota não passou de um acidente e de um aprendizado, com certeza me tornei um lutador melhor e mais experiente. Eu simplesmente a usei como uma pagina virada em minha carreira, não podia deixar aquilo influenciar nessa luta.
Naquela luta no UFC, você foi consumido pela adrenalina, algo que acontece no Jiu-Jitsu até em treino. Qual sua receita para manter a calma hoje?
Eu sou um cara tranquilo, mas para essa luta não deixei nenhuma energia negativa me cercar. Estava blindado e de mente vazia, só focado no meu objetivo, que era ganhar. Eu sabia que tinha feito o dever de casa e estudado para prova. Assim é difícil não ficar focado e tranquilo.
Como está a academia? Sua meta hoje em dia é dividir a rotina como professor e a carreira no MMA?
A academia está indo bem, tive o maior apoio dos nossos alunos, que compareceram em grande numero no evento. Essas são as minhas duas paixões profissionais: dar aulas e lutar. Estamos com uma equipe boa e, quando preciso treinar, tenho a sorte de contar com bons professores para me cobrir. E eu acredito que as minhas lutas ajudam no desenvolvimento da academia.
Qual o próximo alvo?
Quero continuar lutando, já estou perturbando meu manager para arrumar outra luta logo, quero mais uma até julho.
Confira as fotos de Rolles no UCC 4:
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