Você acaba de fundar a equipe Sertão Brazilian Jiu-Jitsu? Fale um pouco sobre esse novo momento da sua carreira e do seu time.
RONEY EDLER: A Sertão BJJ nasceu em agosto deste ano e, de fato, representa um novo momento em minha carreira. Um grande desafio, o qual vou enfrentar junto com meus alunos, apoiadores e todos aqueles que acreditam no trabalho que já venho fazendo há muito tempo dentro do Jiu-Jitsu. Sou movido por desafios e desta vez não seria diferente. Meu objetivo principal vai ser dar a atenção e as oportunidades que o norte e o nordeste do Brasil não oferecem aos praticantes da a arte suave, quero ajudar a transformar vidas para melhor, através do BJJ.
O nome e a logomarca da equipe remetem à zona árida do nordeste brasileiro. Explique, por favor, essa referência para o público da GRACIEMAG. O que o sertão simboliza para você?
No início, meus alunos e professores queriam uma logo com o meu nome, porque sou conhecido na minha região e assim seria mais fácil de disseminá-la. Mas eu sempre penso no coletivo e não seria justo fundar uma equipe com meu nome, pois todos fazem parte e somam para ela crescer e nascer, e então passei tempos pensando e acabei nessa imagem por ela representar muito bem a luta do povo do norte e nordeste brasileiros, por ser uma planta que resiste, faça sol ou faça chuva. Sobrevive às diversidades e dificuldades que a vida apresenta. Resiliência. Algo que o Jiu-Jitsu nos ensina todos os dias, não é mesmo?
Quem são os principais destaques da equipe?
No Brasil, temos vários campeões, como Relrison Freitas e Pablo Araújo, que hoje estão vivendo em Blumenau, num projeto que nossa equipe tem em parceria com o também GMI Marcus Cunha, da TMC. Temos também Lucas Gabriel, um faixa-azul juvenil que vem se destacando sempre nas competições e deve vir para os Estados Unidos, onde temos também uma filial. Ainda no juvenil, temos Noah Leonardo, com finalizações fulminantes nos torneios, e também duas irmãs, a Rylee e Raella Ebanez. Um forte time de base!
Quais foram as suas principais conquistas no Jiu-Jitsu competitivo e o que você aprendeu com elas?
Sou 10 vezes campeão cearense (FCBJJ), tri-campeão norte-nordeste, vice-campeão brasileiro (CBLP),terceiro lugar no Pan-Americano (CBLP) e já conquistei várias medalhas nos Opens da IBJJF. Aprendi no decorrer dessa longa caminhada que temos que ser campeões não só dentro do tatame, mas também na vida, tentar ser sempre melhor que ontem, ajudando e transformando vidas.
Qual é a frase motivacional que você gosta de repetir para você mesmo quando está passando por uma situação difícil na carreira?
Não tenho exatamente uma frase, gosto de lembrar o quanto eu lutei para chegar aonde cheguei, lembrar o quão difícil foi toda a caminhada e hoje saber que eu estava na trilha correta, e que se quero viver pelo meu propósito de vida, eu tenho que passar pelo processo.
Como você se define como professor de Jiu-Jitsu?
Me defino como resiliente, sonhador, procuro fazer acontecer sempre e não espero. Filosofia old school.