Com o gancho do aniversário de 20 anos do UFC, completados neste dia 12 de novembro, o site da organização de Dana White e dos irmãos Fertitta bateu um papo com o pioneiro Royce Gracie, hoje com 46 anos.
Em entrevista ao jornalista Thomas Gerbasi, o faixa-preta carioca radicado na Califórnia avaliou o sucesso do evento e deu opinião interessante:
“Acho que o esporte teria decolado mesmo se eu perdesse. Para o Jiu-Jitsu Gracie teria sido um pouco mais difícil e demorado. Mas o esporte continuaria, não importa quem tivesse vencido. Acho que só teria dado mais credibilidade para outra arte. O Jiu-Jitsu Gracie ganhou toda a credibilidade”, analisou.
Perguntado sobre qual seria a luta de sua vida, o filho de Helio fez graça:
“Akebono. Espere, Kimo. Peraí, Ken Shamrock. Talvez Dan Severn. Ou quem sabe Sakuraba. É por isto que estou na História. Não havia luta fraca, todas eram grandes lutas contra oponentes duros”, lembrou.
O pioneiro lembrou ainda a razão de ter sido escolhido, numa família tão grande e bem preparada no jogo de chão:
“Foi praticamente decisão do Rorion e do meu pai. Eu tinha o peso certo na hora certa, e não era muito grande nem muito pequeno. Estou feliz que me deram uma chance. Dava aulas o dia todo e estava louco pela oportunidade. Ao mesmo tempo que eu sabia que havia pressão, eles tiraram a pressão me dando muita confiança. É isto que o Jiu-Jitsu dá:
confiança. É como se já tivesse visto esse filme antes, é só entrar lá e fazer. Você não está lutando contra cinco pessoas, somente um cara, então não se preocupe”, ensinou Royce Gracie, 11 finalizações no octagon, até hoje um recorde a ser batido no evento. Vinte anos depois.