Nos últimos anos, muito é comentado sobre a queda da popularidade do boxe na concorrência com o MMA. A falta de lutadores carismáticos, principalmente na categoria de pesados, reforça o declínio da modalidade na preferência. Nos EUA, por exemplo, hoje o MMA é o esporte mais assistido por homens com até 30 anos de idade, dizem as pesquisas.
Neste sábado, no UFC 118, em Boston, uma luta em especial vai, de certa forma, confrontar as modalidades. De um lado, um dos maiores ídolos do vale-tudo, Randy Couture. Do outro, um campeão mundial no pugilismo, James Toney. O combate é uma faca de duas pontas, apesar de ambos os lutadores não estarem dando muita bola para a disputa entre boxe e MMA. Se Couture perder, reforça, de certa forma, o poderio do pugilismo, ainda mais porque Toney não tem qualquer experiência no octagon. No caso de Toney perder de forma humilhante, pode ficar a impressão da fraqueza do boxe puro perante o misto de artes marciais.
“Não estou preocupado com o que o Randy vai fazer. Vou nocauteá-lo. Após bater o Randy, em outubro defendo os meus títulos no boxe”, declara James Toney, confiante.
“Se derrubá-lo, ele não vai se levantar. Todos vão me chamar no UFC de o rei do nocaute. Sou atleta agora nos dois esportes e vou continuar lutando MMA. Estou animado para acertá-lo com essa luva de quatro onças. Couture não é o adversário mais difícil da minha carreira, este foi Evander Holyfield”, completa.
Toney treina há nove meses para o desafio, realmente pode surpreender. Apesar de toda a provocação, no final das contas, agradece a Randy pela oportunidade.
“Agradeço a ele, porque é o único homem que aceitou lutar comigo.”
(Colaborou Nalty Jr.)