A luta no UFC Rio 134, no próximo dia 27 de agosto, é um desempate para Mauricio Rua, o Shogun que, com 29 anos, carregou alguns cinturões nas costas, ou nos ombros.
Sim, um desempate, e não apenas pela oportunidade de devolver a derrota por finalização que sofreu pelas mãos de Forrest Griffin, na estreia do curitibano no Octagon, mas também porque essa será sua sétima luta no UFC, onde tem três vitórias, três derrotas, e um cinturão – troféu que carregou por apenas dez meses.
O saldo, claro, é positivo, mas aquém de seu potencial. E Shogun sabe disso. “Fiquei muito chateado com minha exibição na luta com Jon Jones, não tive chance”, resume a fera, na revista “piauí” deste mês.
Parte da derrota foi atribuída à falta de motivação para treinar, mesmo sendo o campeão. “Como conquistei os títulos no Pride e no UFC, eu não tinha algo maior para almejar”, diz Shogun, na reportagem de Fábio Fujita. “A maior cicatriz de uma luta é a derrota, não os machucados”, completou.
Agora, além de reconquistar o cinto, o filho de dona Clementina tem pelo menos outros dois motivos para voltar a lutar como antigamente. Primeiro: fazer bonito diante de seus compatriotas, no Rio de Janeiro. Segundo: devolver o mata-leão que o asfixiou no UFC 76, em 2007, já no finzinho de um combate em que ele demonstrava estar sem gás nenhum – estava com o joelho contundido, o que atrapalhou seus treinos.
Se a história é outra, o treino precisa mudar também. E Shogun sabe disso.
“Treinei muito chão aqui na Kings MMA com o João Assis, um cara que é top no Jiu-Jitsu. Estou muito feliz, motivado e confiante”, garantiu ao GRACIEMAG.com. “Tenho um carinho muito grande pelo Rafael Cordeiro, diretor da equipe aqui, e nunca escondi de ninguém isso. O mestre é um cara que conhece muito o meu jogo e me estimula a fazer o que eu sei. Eu luto MMA, e você sabe que é um esporte muito amplo. Acho que não só o chão, mas meu muay thai e o wrestling farão diferença na luta”.
Forrest Griffin é outro que não se preocupa se a luta for ao chão. Ao GRACIEMAG.com, o astro da Geórgia dono de um sólido cartel de 20 vitórias, 6 derrotas, confessou que a única coisa que não faz é vestir o paletó do kimono. De resto, ama o Jiu-Jitsu e suas alavancas. “Treino em Las Vegas muito Jiu-Jitsu com o Drysdale, gosto particularmente das chaves de perna e de pé. Não vou botar o kimono para treinar para o Shogun, mas estarei pronto para ele no chão. Não dá para dizer que a luta vai acabar como da outra vez, acho que vamos duelar em pé mesmo, mas nunca se sabe”, disse Griffin.
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