Após longo hiato devido à pandemia de COVID 19, finalmente o UFC está de volta ao Brasil. A torcida brasileira estava ansiosa e foi presenteada com o primeiro evento numerado de 2023. O ansioso público lotou a arquibancada para ver a pesagem cerimonial do UFC 283 e seus grandes astros. Afinal, será a primeira vez que a torcida verde amarela verá em casa não só uma, mas duas disputas de cinturão envolvendo brasileiros.
A tarde começou com perguntas e respostas (Q&A) para os ídolos José Aldo Júnior, Charles do Bronx, Rafael dos Anjos, Alex Poatan e Amanda Nunes. Aldo foi muito perguntado sobre os desafios da nova carreira no boxe, Poatan e Charles sobre possíveis disputas de cinturão, Amanda e Rafael falaram sobre seu início no esporte e seu futuro na organização. Até um possível desafio de brasileiros contra Conor McGregor foi reiteradamente cogitado pela plateia. Mas, sem dúvida, o maior xodó da plateia foi o carismático Charlinho, objeto de elogios e relatos emocionados por parte dos fãs.
Na pesagem, desde as preliminares a torcida aplaudia efusivamente os brasileiros enquanto vaiava os estrangeiros e bradava o temido “Uh, vai morrer!” que marca a torcida brasileira. Cody Stamann e Mounir Lazzez não receberam com bom humor o “carinho” do público e responderam com provocações e impropérios. As encaradas mais intensas foram entre Paul Craig e Johnny Walker e entre Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno. O campeão peso mosca Deiveson estava elétrico: provocou Moreno desde a escadaria, fez gestos e cutucou o oponente. Quando questionado se gostaria de dizer algo ao adversário, Figueiredo comeu uma banana no palco, em referência a um ato racista feito por Marcelo Rojo, um dos técnicos do mexicano, que fez uma montagem com um rosto de macaco sobre a face do lutador brasileiro em uma live.
Em relação à luta principal da noite, foi um imenso contraste entre a agressividade de Jamahal Hill e a simpatia de Glover Teixeira. Enquanto o americano parecia tenso e incomodado com as vaias e provocações da torcida, Glover se mostrava sorridente, confiante e relaxado. Todos os brasileiros esperam que essa confiança reverta na retomada do título pelo “Vovô-Garoto” do peso meio pesado.
Se a pesagem já teve essa energia, leitores, imaginem o caldeirão que a Jeunesse Arena irá se tornar amanhã. Você poderá acompanhar tudo conosco pelo site, pelo Instagram e pelo Twitter da GRACIEMAG.
UFC 283
Rio de Janeiro
21 de janeiro de 2023
Card Principal – 0h no UFC Fight Pass
Cinturão peso meio-pesado (até 92,9 Kg): Glover Teixeira x Jamahal Hill
Cinturão peso-mosca (até 56,7 Kg): Deiveson Figueiredo x Brandon Moreno
Peso meio-médio (até 77,1 Kg): Gilbert Durinho x Neil Magny
Peso-mosca (até 56,7 Kg): Lauren Murphy x Jéssica Andrade
Peso meio-pesado (até 92,9 Kg): Paul Craig x Johnny Walker
Card Preliminar – 22h na Band e no UFC Fight Pass
Peso meio-pesado (até 92,9 Kg): Mauricio Shogun x Ihor Potieria
Peso-médio (até 83,9 kg): Gregory “Robocop” Rodrigues x Brunno “Hulk” Ferreira
Peso-leve (até 70,3 Kg): Thiago Moisés x Melquizael Costa
Peso meio-médio (até 77,1 Kg): Gabriel Bonfim x Mounir Lazzez
Preliminares UFC Fight Pass – 19h30 no UFC Fight Pass
Peso-pesado (até 120,2 Kg): Shamil Abdurakhimov x Jailton Almeida
Peso-galo (até 61,2 Kg): Luan Lacerda x Cody Stamann
* Mauro Ellovitch é promotor de Justiça, faixa-preta de Jiu-Jitsu e autor do livro “Sangue, Suor & Letras – Crônicas do MMA”.