Viscardi Andrade festejou não somente a estreia vitoriosa sobre Bristol Marunde, no UFC Rio 4, mas também uma nova imagem diante dos torcedores brasileiros, que o acompanharam na segunda edição do “The Ultimate Fighter Brasil”. No programa ele saiu como vilão, mas, aos poucos, com trabalho e dedicação, tem mostrado que fora mal interpretado no programa.
Ao fim do duelo contra o americano, Viscardi dedicou a vitória ao treinador Francisco Veras, que sofreu com o falecimento de sua mãe na última quinta-feira. Com a fatalidade às vésperas da luta de Viscardi, Veras não pôde estar no córner para a estreia do pupilo no maior evento de MMA do mundo.
“O clima durante a preparação para a luta estava sensacional. Estávamos num ritmo forte, mas, ao mesmo tempo, descontraído. Foi quando recebemos a notícia de que a mãe do Veras não estava bem. Quando soube que ela veio a falecer, disse que iria entrar no octógono e dedicar a vitória para ele. Consegui vencer e cumprir minha promessa”, afirma o atleta.
A atitude de compaixão contrasta com a imagem que o atleta ficou no “TUF Brasil 2” devido a um desentendimento com Rodrigo Minotauro, que na ocasião era o treinador da equipe adversária. Para Viscardi, a edição de imagens acabou atrapalhando-o, mas, com o passar do tempo, ele tem conseguido superar a imagem de vilão e já é visto como um cara do bem:
“Sei que na televisão é assim, acontece de editarem as imagens. É preciso ter sempre um vilão nos programas e no “TUF” acabou sobrando para mim por causa do problema com o Minotauro, que é uma lenda do esporte. Eu também aprecio muito o que ele já fez no MMA, mas ali nós éramos rivais. Depois dessa minha esteia no UFC, muitas pessoas vieram falar comigo dizendo que eu não sou aquilo que elas pensavam, que sou um cara do bem. Acho que é uma questão de tempo para virar o ‘mocinho’ para os fãs”, brinca.
Viscardi Andrade precisou de apenas 1m36s para vencer o americano Bristol Marunde no UFC 163. Os dois começaram o combate buscando a vitória rapidamente, o que tornou tudo muito intenso. Para o brasileiro, a objetividade de ambos se deu por conta da situação pela qual passam no momento:
“Ele veio para a luta tentando mostrar serviço de qualquer maneira porque havia perdido (para o também americano Clint Hester) e eu tinha de mostrar o porquê de estar pela primeira vez lutando no UFC. Acho que isso foi fundamental para o duelo ter sido tão franco. Consegui acertar um belo soco e conquistar a vitória”, explica.
Embora tenha acabado de lutar recentemente, Viscardi acredita que o fato de ter finalizado o combate em pouco tempo pode lhe proporcionar uma nova aparição no octógono ainda neste ano.
“Não me falaram nada sobre uma nova luta, mas sei bem como funciona. Como minha luta foi decidida rapidamente, é provável que eu volte a lutar em breve, talvez em novembro. Quem sabe? Por isso, daqui a uns dias, já vou voltar a treinar”, conta Viscardi, que com a vitória sobre Marunde chegou ao sétimo trinfo seguido.
UFC 163 Rio
HSBC Arena, Barra, RJ
3 de agosto de 2013
José Aldo venceu Chan Sung Jung por nocaute técnico aos 2min do R4
Phil Davis venceu Lyoto Machida na decisão unânime dos jurados
Cezar Mutante finalizou Thiago Marreta na guilhotina aos 47s do R1
Thales Leites venceu Tom Watson na decisão unânime dos jurados
John Lineker venceu José Maria “Sem Chance” por nocaute técnico a 1min3s do R2
Card preliminar
Anthony Perosh nocauteou Vinny “Pezão” Magalhães aos 14s do R1 (Nocaute da noite)
Amanda Nunes nocauteou Sheila Gaff aos 2min8s do R1
Serginho Moraes finaliza Neil Magny no triângulo aos 3min30s do R1 (Finalização da noite)
Ian McCall venceu Iliarde Santos na decisão unânime dos jurados (Luta da noite)
Rani Yahya venceu Josh Clopton na decisão unânime dos jurados
Francimar Bodão venceu Ednaldo Lula na decisão unânime dos jurados
Viscardi Andrade venceu Bristol Marunde por nocaute técnico a 1min36s do R1
(Fonte: Assessoria de imprensa)