O astro maior da coletiva de imprensa do Abu Dhabi World Pro 2010, realizada nesta quarta-feira, ao meio-dia, nos Emirados (5h da matina no Brasil), veio dos Estados Unidos, tirou fotos com todos e pesa alguns poucos quilos.
Trata-se do cinturão folheado a ouro made in USA, que será afivelado na cintura do campeão do absoluto faixa-preta. A categoria aberto deve reunir a nata dos cascas-grossas do esporte, no evento que vai de amanhã a sábado: Bráulio Estima (vice ano passado), Rominho Barral, Gabriel Vella, André Galvão, Ricardo Demente, Luiz Felipe Big Mac, Alexandre Souza, Alexandro Ceconi, Claudio Calasans, o peso pesado búlgaro Ivanov e até alguns levinhos. Não Celsinho Venícius, que prefere não se arriscar nem pelo excelente prêmio de 20 mil dólares. “Deixa essa pros brabos. O peso já vai ser duro o suficiente”, disse o aluno de Roberto Gordo.
“Para esportes como tênis ou boxe, o prêmio não impressiona. Para o Jiu-Jitsu, uma modalidade tão nova, é uma quantia inédita. E que ninguém se impressione ainda, pois ano que vem sim o negócio vai ser grande”, disse um dos organizadores após a coletiva. Haverá outros dois cintos prateados para os campeões das faixas azul e branca, um para os leves outro para os pesados. Como numa Copa do Mundo de futebol, quem ganhar a categoria por três anos leva a peça maciça para casa.
Mas o dinheiro e os cinturões não são os únicos prêmios em jogo em Abu Dhabi. Sim, tem os relógios também (cada campeão no peso vai ganhar um rolex ou algo parecido), mas não é disso que estamos falando. O reconhecimento como grande campeão em Abu Dhabi significa a chance de ser ídolo de muitos pequenos do país.
Hoje, 20 mil crianças fazem Jiu-Jitsu em Abu Dhabi, jovens de 12 a 15 anos que serão os futuros campeões do país. “O plano agora é montar um time de jovens que têm se destacado no esporte, pois como o projeto do Jiu-Jitsu nas escolas atinge a sexta e sétima série, os alunos que passam de ano deixam de treinar com a gente, muitas vezes abandonando de vez a arte”, comenta o professor Fernando Antonio, presente à coletiva.
De fato, ser ídolo de 20 mil crianças nos Emirados é algo sem preço, mas que traz responsabilidades. Como pregou o vice-presidente da federação de wrestling, judô e Jiu-Jitsu, Nasser Tamimi: “Mostrem um Jiu-Jitsu bonito, pois as crianças vão querer copiar o Jiu-Jitsu de vocês”.
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